quarta-feira, 28 de março de 2007

"O Homem nunca pode parar de sonhar.
O sonho é o alimento da alma."
Paulo Coelho
E por isso há almas subnutridas...
Almas que não se alimentam... porque não querem... porque não acreditam... porque não se sabem encontrar... porque a consciência não as deixa vislumbrar a beleza do inconsciente...
E não as deixam ir para lá do momento.
Vamos Sonhar!

quinta-feira, 22 de março de 2007

SINTO QUE A MINHA SOMBRA SE APODEROU DE MIM.
e está a crescer, impressionantemente. oh como ela cresce.
no silêncio também se fala. e as palavras sentem-se, não se ouvem. tocam-se num uníssuno perfeito. perfeição que nasce através da cura do silêncio. sim, porque o silêncio é a doença. e a cura... a cura sou eu, a doente.

quarta-feira, 21 de março de 2007

Nem tanto!
O desepero do nada ainda não me toca... Mas há momentos em que me perco, em que tudo se mistura, em que a confusão passa a um eufemismo da realidade...
E é incrível o desenrolar. APAIXONANTE!!!
"Não sei se a partir de certa altura as pessoas deixam de esperar seja o que for. Eu deixei. Esperar o quê?"
António Lobo Antunes

...Hoje NÃO...

o aperto no peito que me consome a vida que não vivi... a dor de um sufocar cada vez mais devastador... as lágrimas que quase sairam, mas que não saem... o não saber perder e o não saber ganhar... o não querer finais e estar constantemente a assisti-los como mera espectadora, ou pior, como participante de algo que não quero para mim.
olhar um passado tão presente faz-me apaticamente imóvel, mesmo querendo-me ágil e inovadora.
fechar os olhos não ajuda, acho que até piora. porque é que a vulnerabilidade me é tão próxima??? porquê tantos pontos de interrogação a invadir o lugar das ideias que julgava fixas???
gostava de conseguir pôr nestas palavras absurdas, sem sentido, o que me vai na alma, no coração quase acelerado pelo medo do que foi, pelo medo do que é, pelo medo do que será...
mas hoje nem escrever ajuda... quem me dera estar fora de mim. olhar-me á distância da eternidade. e ter saudades minhas (ás vezes tenho!)...
e desejos... loucos e imensos, á sombra de um prazer desmaselado, construídos na inconsciência onde (nem eu) devo chegar.

terça-feira, 20 de março de 2007

Acordei com uma vontade imensa de recordar.
Hoje estou especialmente saudosista! Mas com um sorriso que me enche a expressão.
Foi tudo tão bom! É tão bom recordar as irresponsabilidades permitidas pelos 16 anos! As gargalhadas hilariantes que me faziam chorar e contagiar o maior dos deprimidos, os almoços intermináveis na cantina, as mentirar obscenas que as profs de matemática e ctv engoliam em seco, os testes feitos no corredor, as portas arrancadas nas aulas de química, as discussões acesas na A.E., o querer estar em tudo sempre bem, andar ao colo do meu mano de outros pais, chatear-me com ele por me pôr no caixote do lixo constantemente, descobrir a minha melhor amiga, descobrir a dor da perda, as alucinações acompanhadas de boa disposição, as distraxões acompanhadas de um grande toque de despropósito, as fugas nocturnas..! E as fotos... Mal me conheço. Parece que foi há eternidades.

segunda-feira, 19 de março de 2007

Fim ou Re-início??

Perceber que a teu lado, daquela forma distante e fria, serei permanentemente infeliz, indisposta a tudo o que me criaria disposição para viver e sorrir com credibilidade, faz-me assumir com facilidade o fim do que pouco senti começar. Mas o que fazer ao outro lado que insiste com teimosia querer aprender-te? Não estou bem, também não estou mal. Já sei sorrir sem verdade (nunca pensei) e já sei esconder a sombra que escurece o brilho de um olhar quase lívido, que antes transparecia a incandescência de uma gota de água trespassada pela luz matinal.
E deixar morrer o que me é essência, como a preocupação de ter bem, fez-me esmurecer irremediavelmentee cair no fosso de um abismo intransponível. Porque só me sei dar a quem me dá. E tu nunca te deste. E eu nunca me dei.
Falta a empatia de um simples gesto, falta a empatia do toque, falta a empatia das palavras. Falta o á vontade da entrega, falta a cumplicidade que roubaste no momento em que te desconheci pela primeira vez.
E o que nasceu de uma paixão descreditada passou a um estranho amor inconcebível.
Não me quero enganar como te enganas, não me quero diferente. E como tu não és, eu sou susceptível a mudança. Quero ser eu, quero-me procurar, quero voltar a mim e assumir a insaniedade que me é natural.
Tenho um caminho descolorado pela ilusão, pela utopia que quero fazer real, mas que não é e que nunca será.
Enquanto não te encontrares, enquanto não me encontrares, a felicidade de que falas será apenas irrisória, constrangedora, apoiada pelo fingimento alucinado da noite (estarei a ser egocêntrica?).
E a mentira permanece. Porque afinal quero-te perto e quero-te longe, quero-te comigo e quero-te sem mim, quero perceber-te, mas tenho medo de te entender. Irrito-me assim, não sou eu.
Descobri-me fraca e sensível, descobri-me forte e insensível. Descobri que me faço, que me reconstruo mesmo sem querer. E que uso de uma complexidade maior do que a que me julgava capaz. Mas a simplicidade fascina-me e o interesse que lhe tenho é desmedido.
E o desejo único de me ter passa pelo único de te ter e a explicação é simples: quero-NOS UM (sinceridade que me destrói, que me é primordial como o propósito de sofrer) porque não acredito na efemeridade que a sociedade transpõe no AMOR.

O começo

Não queria começar mal, mas também não tenho por que começar bem.
Só me meti nisto porque uma amiga me disse que deveria expor o que escrevo, mesmo k anonimamente, para transpôr tudo o que irremediavelmente não me sai, mas que teima em me sufocar mais e mais, enquanto o tempo passa.
E é isso que vou fazer, porque mo disseste e por que o quero.
E agora sou assim, faço me pelo que quero, só por mim.
Mas sem egoísmos, nem excentricidades desnecessárias, continuo a dar-me a quem me dá.