segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Vi uma andorinha mas nao a agarrei
Porque quero a proxima Primavera
E
Rumo á dor que houver para sentir,
A que nao esta ca, ainda tenho de planta-la.
Aquela coisa com o apelido de verbo "gostar"...
... É uma treta. Nao sabe criar susceptibilidades!

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Divagaçoes inconvenientes

Ha qualquer coisa...
... os olhos...
... ser a insensibilidade historica...
... para que servem as viagens longas?...
... 1+1=1...
... o 1 é mais que 2...
... quero ser razao...
... vi a tua face, vergonha...
... prazer em dias alternados...
... coragem de ter medo...
... o poder ainda esta no Socrates...
... exorcisei a tua esclerose...
... a inevitabilidade da aliança...
... os que foram, acho que duas dezenas...
... mimo...
... as asas continuam? E as penas?...
... sussurro melodico...
... a fisica e a matematica nao sao sinusoidais...
... escurece...
... o sonho que nao recordo...
... cigarros utopicos...
... a confianca pesa-se?...
... nao mostro...
... saudades de mim...
... incompreenssao temporal...
... os relampagos sao flashes...
... conheci-O, esta bem conservado...
... expectativas desleais...
... pensamentos em branco...
... impressao espiritual...
... conectividade nos 0,62% dos 13600E14 m3...
... ter o que nao existe...
... intencional...
... chegou.

terça-feira, 20 de novembro de 2007

R. dos Camponios

Passaram 2 meses... E ate agora, aguentamo-nos e isso já é motivo de festa!
Mas comecemos pelo inicio, foi ai que tudo começou!
A Isabelinha ficou na Povoa dos Bidões.
O primeiro contacto foi com a moradora do nº4, a de Pé_na_Coba, que segundo a "Allez-Allez" namorava com o chiquinho do Lorvão! Tentei não interiorizar muito aquela especie de converssa, parecida com a mais primitiva forma de comunicação! E consegui!
Alguns dias depois, já com a Isabelinha, surgiu o segundo contacto. E eis que do meu imponente segundo andar vislumbrei algo que parecia ter mais de um metro e meio no quarto com varanda do piso de baixo. Desci as escadas e apercebi-me do erro, era apenas o Carriça. Por consequência, apareceu O Sr. do Vale e o Sapolas, logo nos informaram ser abstémios e totalmente contra todo o tipo de alcool, até o etilico (incluindo tabasco!).
As formalidades estavam cumpridas, tudo pareccia...tranquilo.
Mas eis que surge um som irritantemente monótono, em tudo semelhante, as notas do banal "Parabens a Voce". Descobrimos então que o Zé Tó tambem estava presente e que tinhamos ali um dotado aspirante a músico (mais tarde soube-se multifacetado, para alem de não saber tocar no orgão os acordes do parabens, tambem nao sabia tocar no trombone as notas da escala musical!).
Despois veio a Nita, a resmungona mais ensonada e querida!
E por ultimo, a "Stay away from me" que tenta ser gótica mas fica-se pelo pseúdo, fecha-se no quarto e ouve Evanescence, sussurra musicas indecifraveis e penteia com os dedos o cabelo!
É isto o que temos! E continuaremos a ter por um ano! A "Allez-Allez" tem de nos aturar e as nossas exigencias tão basicas como uma mesa de cabeceira ou uma maquina de lavar (que ela faz questão em trazer de frança quando as tem no lidl a 24,90€ e 249,90€ respectivamente)

Frases miticas:
- "Eu tinha um sonho mas como estava a dormir já não me lembro"
- Diz a Patricia a um açoriano e a um nortenho:"Esse vosso sotaque do norte é fantastico"
- "CHIUUUUUUU"
- "Merdas lindas"
- "Em tres palavras, Bom, Bom, Bom"
- "É com "b" mas não é "b" de baca"
- "Lava-me os dentes com o teu fluído vaginal"
- "Ai, Ui, Ai, Ui, Ai, Ui...EU CHAMO-ME ANTÓNIO"
- "Há coisas fantásticas não há? Há Mas são caras"

sábado, 10 de novembro de 2007

"As novas CONTAS do CARBONO"

"... Antes da Revoluçao Industrial, a atmosfera terrestre continha cerca de 280 partes por milhao de dioxido de carbono. Era uma quantidade toleravel. Como a estrutura molecular do dioxido de carbono retem junto a superficie do planeta calor que, de outro modo, seria irradiado de volta para o espaço, a civilizaçao cresceu num mundo cujo termostato estava regulado para aquele valor. Correspondia a uma temperatura media global de cerca de 14 graus C que, por sua vez, influenciou todos os locais onde construimos cidades, todas as culturas agricolas que aprendemos a explorar, todas as provisoes de agua das quais nos habituámos e ate a passagem das estaçoes que, nas latitudes mais altas, determinam os calendarios psicologicos.
A partir do momento em que comecamos a consumir carvao, gas e petroleo para dar luz as nossas vidas, esse valor começou a subir. Quando iniciamos as mediçoes em finais da decada de 1950, ja ele chegara aos 315. Agora, encontra-se a 380 e aumenta cerca de duas partes por milhao por ano. Nao parece muito, mas o calor adicionalque o CO2 captura ( um par de watts por metro quadrado de superficie de Terra) é suficiente para aquecer muito o planeta. Ja provocamos um aumento da temperatura media de quase um grau. É impossivel prever com exactidao as consequencias de qualquer aumento suplementar de CO2 na atmosfera, mas o aquecimento ja registado iniciou o descongelamento de quase tudo o que havia congelado sobre a Terra, alterou as estaçoes e osnao sera padroes de pluviosidade e provocou a subida dos niveis do mar.
Agora, independentemente do que façamos, esse aquecimento ira aumentar, embora o efeito que o calor desempenha na atmosfera demore a manifestar-se. Ou seja, nao podemos travar o aquecimento global. A nossa tarefa é menos inspiradora: refrear os danos, impedir o descontrolo total. E nem isso é facil. Até há pouco tempo nao havia dados claros que indicassem o ponto em que a catastrofe se torna inevitavel. Agora temos um quadro mais bem definido..."
National Geographic Portugal

terça-feira, 6 de novembro de 2007

É como aquela viagem, não a espiritual, a outra... Aquela em que o crime se prescreveu, como um testemunho comovente da perda de honra, num mundo cada vez mais á parte do mundo, num mundo cada vez mais de cada um, menos meu...
A impiedosa exigência da escrita separa-me enquanto não a cumprir, mesmo que ineficaz, faz-me crer que sentirei alivio, que sentirei leveza, que poderei sentir-me.
Todas as manhãs olho para uma caneta e um pedaço de papel em branco. Mas parece-me tão puro, tão limpo, tão inexperiente e inocente... que tenho MEDO de o manchar com a tinta preta das palavras que me consomem e tentam eclodir na imcompreenssão de tamanho vazio.
Agora o milagre acontece, talvez com a ajuda da noite, talvez com o envolvimento da magia que permanece na cidade que me viu um dia, que me tornou a ver e que me tem outra vez, como dado adquirido, como toda dela, como parte integrante que o abismo da memória nao quis separar.
Todos os dias morro e renasço com a força delicada que juro ser verdadeira, bem acima de mim. E apesar disso, haverá mais. Sempre. Com uma beleza arrebatadora que me faz estremecer, acelerar,desfalecer, sorrir, chorar...! Tudo se mistura e confunde. Numa felicidade momentânea que anseio e aguardo penosamente, serenamente.
E confesso que me assusta, que me preocupa porque nao tenho coragem para sentir a vulnerabilidade advertente de tamanha "utopia". E é ai que reside a frustração.
Mas sorte! Há a necessidade imperiosa de viver! Mesmo que varie sinusoidalmente, é fantástico olhar a manhã clara, como que orvalhada de maravilha e descoberta, num ambiente que aprendo a preservar e cuidar, manter e melhorar. É nele que transponho toda a ternura, toda a paixão. E gosto. Recupero a cada minuto todas as horas que dou. Tenho muito mais desde então, não há chance para perdas calculadas e propositadas. Porque o ganho é infinitamente vasto e faz-me esboçar um sinal de esperança saudosista na conspiração que o universo tem no meu querer.
Voltei. Sem mágoa. Porque haverá mais. Sempre.