sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

.... natal, natal, natal e mais natal....
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... e outa vez natal, natal, natal, natal, natal, natal, natal...
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... Logo vou ter convosco, logo jantamos outra vez, todos juntos...
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Balanço de um 2007 quase nulo... avizinha-se um 2008 estranho...

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

18 de Dezembro de 2007

...o q teriam sido estes 3 anos sem voces... sem nós... sem as nossas gargalhadas... sem os momentos mais serios... sem os momentos informais... sem os nossos dias completamente irrisorios aos olhos dos que nos assistem... sem as nossas divergencias e discussoes... sem os nossos jantares... sem as nossas caipirinhas, licor beirao,whisky e companhia...sem os nossos fins de semana juntos a tempo inteiro... sem as minhas gralhas habituais contidas em metamorfoses linguisticas nas actuaçoes... sem as nossas músicas, cançoes, animaçoes... sem os nossos ensaios... sem as nossas noites... sem as nossas crianças... sem o nosso publico permanente e casual... sem a nossa emotividade... sem a nossa cumplicidade... sem as nossas lagrimas esboçadas em olhos espelhados vivos de água... sem as nossas saudades... sem os nossos abraços... sem os nossos beijos... sem o nosso carinho... sem nós... Seria como a inexistencia desta noite...e de tantas outras... Seria a inexistencia de partes de mim, de partes de nós...
Cheguei á pouco da actuação e durante a viagem nao consegui deixar de pensar e relembrar o que foi, o que é, o que significou, o que significa, como nasceu e no que se tornou...
É impossivel numerar todo este turbilhao de memorias e recordaçoes fotograficas e colocar uma ordem, pelo menos cronologica, em nos.
Aconteceu... e é maravilhoso ver que continua a acontecer, todos os dias, em todos os ensaios, em todas as actuaçoes, em todas as mensagens que trocamos, em todas as marcaçoes e contactos para novos espectaculos... e que não há a chaga a lembrar um fim.
Prevalecemos, prevaleceremos...sempre...porque somos nós :)
PARABÉNS a NÓS, pelo nosso 3º aniversario!!!
Sarapitolas&Be Flat

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Ohhh... quero outra vez! :)

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Vi uma andorinha mas nao a agarrei
Porque quero a proxima Primavera
E
Rumo á dor que houver para sentir,
A que nao esta ca, ainda tenho de planta-la.
Aquela coisa com o apelido de verbo "gostar"...
... É uma treta. Nao sabe criar susceptibilidades!

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Divagaçoes inconvenientes

Ha qualquer coisa...
... os olhos...
... ser a insensibilidade historica...
... para que servem as viagens longas?...
... 1+1=1...
... o 1 é mais que 2...
... quero ser razao...
... vi a tua face, vergonha...
... prazer em dias alternados...
... coragem de ter medo...
... o poder ainda esta no Socrates...
... exorcisei a tua esclerose...
... a inevitabilidade da aliança...
... os que foram, acho que duas dezenas...
... mimo...
... as asas continuam? E as penas?...
... sussurro melodico...
... a fisica e a matematica nao sao sinusoidais...
... escurece...
... o sonho que nao recordo...
... cigarros utopicos...
... a confianca pesa-se?...
... nao mostro...
... saudades de mim...
... incompreenssao temporal...
... os relampagos sao flashes...
... conheci-O, esta bem conservado...
... expectativas desleais...
... pensamentos em branco...
... impressao espiritual...
... conectividade nos 0,62% dos 13600E14 m3...
... ter o que nao existe...
... intencional...
... chegou.

terça-feira, 20 de novembro de 2007

R. dos Camponios

Passaram 2 meses... E ate agora, aguentamo-nos e isso já é motivo de festa!
Mas comecemos pelo inicio, foi ai que tudo começou!
A Isabelinha ficou na Povoa dos Bidões.
O primeiro contacto foi com a moradora do nº4, a de Pé_na_Coba, que segundo a "Allez-Allez" namorava com o chiquinho do Lorvão! Tentei não interiorizar muito aquela especie de converssa, parecida com a mais primitiva forma de comunicação! E consegui!
Alguns dias depois, já com a Isabelinha, surgiu o segundo contacto. E eis que do meu imponente segundo andar vislumbrei algo que parecia ter mais de um metro e meio no quarto com varanda do piso de baixo. Desci as escadas e apercebi-me do erro, era apenas o Carriça. Por consequência, apareceu O Sr. do Vale e o Sapolas, logo nos informaram ser abstémios e totalmente contra todo o tipo de alcool, até o etilico (incluindo tabasco!).
As formalidades estavam cumpridas, tudo pareccia...tranquilo.
Mas eis que surge um som irritantemente monótono, em tudo semelhante, as notas do banal "Parabens a Voce". Descobrimos então que o Zé Tó tambem estava presente e que tinhamos ali um dotado aspirante a músico (mais tarde soube-se multifacetado, para alem de não saber tocar no orgão os acordes do parabens, tambem nao sabia tocar no trombone as notas da escala musical!).
Despois veio a Nita, a resmungona mais ensonada e querida!
E por ultimo, a "Stay away from me" que tenta ser gótica mas fica-se pelo pseúdo, fecha-se no quarto e ouve Evanescence, sussurra musicas indecifraveis e penteia com os dedos o cabelo!
É isto o que temos! E continuaremos a ter por um ano! A "Allez-Allez" tem de nos aturar e as nossas exigencias tão basicas como uma mesa de cabeceira ou uma maquina de lavar (que ela faz questão em trazer de frança quando as tem no lidl a 24,90€ e 249,90€ respectivamente)

Frases miticas:
- "Eu tinha um sonho mas como estava a dormir já não me lembro"
- Diz a Patricia a um açoriano e a um nortenho:"Esse vosso sotaque do norte é fantastico"
- "CHIUUUUUUU"
- "Merdas lindas"
- "Em tres palavras, Bom, Bom, Bom"
- "É com "b" mas não é "b" de baca"
- "Lava-me os dentes com o teu fluído vaginal"
- "Ai, Ui, Ai, Ui, Ai, Ui...EU CHAMO-ME ANTÓNIO"
- "Há coisas fantásticas não há? Há Mas são caras"

sábado, 10 de novembro de 2007

"As novas CONTAS do CARBONO"

"... Antes da Revoluçao Industrial, a atmosfera terrestre continha cerca de 280 partes por milhao de dioxido de carbono. Era uma quantidade toleravel. Como a estrutura molecular do dioxido de carbono retem junto a superficie do planeta calor que, de outro modo, seria irradiado de volta para o espaço, a civilizaçao cresceu num mundo cujo termostato estava regulado para aquele valor. Correspondia a uma temperatura media global de cerca de 14 graus C que, por sua vez, influenciou todos os locais onde construimos cidades, todas as culturas agricolas que aprendemos a explorar, todas as provisoes de agua das quais nos habituámos e ate a passagem das estaçoes que, nas latitudes mais altas, determinam os calendarios psicologicos.
A partir do momento em que comecamos a consumir carvao, gas e petroleo para dar luz as nossas vidas, esse valor começou a subir. Quando iniciamos as mediçoes em finais da decada de 1950, ja ele chegara aos 315. Agora, encontra-se a 380 e aumenta cerca de duas partes por milhao por ano. Nao parece muito, mas o calor adicionalque o CO2 captura ( um par de watts por metro quadrado de superficie de Terra) é suficiente para aquecer muito o planeta. Ja provocamos um aumento da temperatura media de quase um grau. É impossivel prever com exactidao as consequencias de qualquer aumento suplementar de CO2 na atmosfera, mas o aquecimento ja registado iniciou o descongelamento de quase tudo o que havia congelado sobre a Terra, alterou as estaçoes e osnao sera padroes de pluviosidade e provocou a subida dos niveis do mar.
Agora, independentemente do que façamos, esse aquecimento ira aumentar, embora o efeito que o calor desempenha na atmosfera demore a manifestar-se. Ou seja, nao podemos travar o aquecimento global. A nossa tarefa é menos inspiradora: refrear os danos, impedir o descontrolo total. E nem isso é facil. Até há pouco tempo nao havia dados claros que indicassem o ponto em que a catastrofe se torna inevitavel. Agora temos um quadro mais bem definido..."
National Geographic Portugal

terça-feira, 6 de novembro de 2007

É como aquela viagem, não a espiritual, a outra... Aquela em que o crime se prescreveu, como um testemunho comovente da perda de honra, num mundo cada vez mais á parte do mundo, num mundo cada vez mais de cada um, menos meu...
A impiedosa exigência da escrita separa-me enquanto não a cumprir, mesmo que ineficaz, faz-me crer que sentirei alivio, que sentirei leveza, que poderei sentir-me.
Todas as manhãs olho para uma caneta e um pedaço de papel em branco. Mas parece-me tão puro, tão limpo, tão inexperiente e inocente... que tenho MEDO de o manchar com a tinta preta das palavras que me consomem e tentam eclodir na imcompreenssão de tamanho vazio.
Agora o milagre acontece, talvez com a ajuda da noite, talvez com o envolvimento da magia que permanece na cidade que me viu um dia, que me tornou a ver e que me tem outra vez, como dado adquirido, como toda dela, como parte integrante que o abismo da memória nao quis separar.
Todos os dias morro e renasço com a força delicada que juro ser verdadeira, bem acima de mim. E apesar disso, haverá mais. Sempre. Com uma beleza arrebatadora que me faz estremecer, acelerar,desfalecer, sorrir, chorar...! Tudo se mistura e confunde. Numa felicidade momentânea que anseio e aguardo penosamente, serenamente.
E confesso que me assusta, que me preocupa porque nao tenho coragem para sentir a vulnerabilidade advertente de tamanha "utopia". E é ai que reside a frustração.
Mas sorte! Há a necessidade imperiosa de viver! Mesmo que varie sinusoidalmente, é fantástico olhar a manhã clara, como que orvalhada de maravilha e descoberta, num ambiente que aprendo a preservar e cuidar, manter e melhorar. É nele que transponho toda a ternura, toda a paixão. E gosto. Recupero a cada minuto todas as horas que dou. Tenho muito mais desde então, não há chance para perdas calculadas e propositadas. Porque o ganho é infinitamente vasto e faz-me esboçar um sinal de esperança saudosista na conspiração que o universo tem no meu querer.
Voltei. Sem mágoa. Porque haverá mais. Sempre.

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

A explicação para a inconsciente realidade que me foi apresentada é... o nada.
E esta, o tudo espera.
O final foi dado, a suavidade tão implacável não é desejada. Mas é a que há.
A partir daqui mais, muito mais.
Quero.
Aquele dialecto fica para trás, repúdio o que dele advém.
Oh quem me dera louca... a lucidez dói muito mais.

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

NÃO GOSTEI DO QUE VI... NÃO GOSTO DE TI.

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

...silêncio... faz-se segredado... com sussurros sem palavras

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

tradução

!!!!....... ja acredito!
Ainda não acredito que cheguei á minha cidade

terça-feira, 11 de setembro de 2007

um parêntesis com tudos e um entre aspas cheio de nadas


Ainda tenho a falta de orgulho de saber sorrir...por ter tão vasta área de altares a deuses inexistentes...

e o Pessoa não ajuda. Até o Germano já fala em ópio...e come as rosas da D. Ilda.

E...o que há-de estranho nisso!??

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

..... Já gosto das Revelações de Verão!

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Desfecho

Toda eu feita de uma saudade lavada que nao gosta de lembrar, que nao gosta de sentir e que nao sabe que a cançao a dois passou a ser apenas um unissono, num espectaculo trespassado pela inexistencia do actor principal.
Toda eu feita de uma dor deslavada por um escape do desamor.
Toda eu feita pela raiva enfurecida, congestionada por um orgulho rafeiro e confuso que queria desconhecer.
Toda eu sem mim... Com saudades (oh tantas e cada vez mais) minhas. Do tempo em que me fazia grande em ponto pequeno, em que fazia de um sorriso uma gargalhada, em que fazia de um problema uma soluçao, em que fazia de ti um prolongamento de mim e em que fazia de nos uma utopia longinqua gravada numa molecula do pouco coraçao que me resta.
E toda eu cheia de nadas com um tanto dse tudos para aprender e desacreditar...
Porque me vi com os olhos de quem se avista noutras terras, porque estas ja nada me sabem dar. Venham as do norte e do sul porque voltei ao mundo.

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Ilusão Distante

De longe tambem se adora...tambem se cria e alimenta o amor...
De longe sinto a saudade...de ti...dos momentos k por teimosia nao kero perder na inefavel memoria...
De longe sinto te e vejo te em mim como se estivessemos sempre juntos...
E no longe, sei k nao foi o longe k nos separou, mas sim a barreira intransponivel k me obrigaste a criar qd me puseste frente a frente com o teu ar frivolo e ao mesmo tempo tao natural...k me assustou, e ultrapassa tudo o k dizem ser consciente.
O cubo de gelo k aparento foi a solucao k o temor encontrou e nao mais ousou deixar.
Mas e apenas teatral...na realidade, o meu imprescindivel e mt maior do k o k me deste...
E o k te dei foi sempre o dobro k me pediste...
E pk me faco forte sem o ser,pk me faco protectora sem me proteger,pk te amo sem ser amada...k o longe e cada vez mais longe,k o longe e cada vez mais insipido e k o longe se fez cruel e me levou o bem mais precioso: o sorriso verdadeiro e, assim, me arrancou a vida...


(pq quando o escrevi o sentia e pq o continuo a sentir)

quarta-feira, 18 de julho de 2007

Dói-me a alma...

Quero curá-la e ir embora...
Deixá-la e fugir

quinta-feira, 5 de julho de 2007

Le temps qui reste, de François Ozon*

Sobre como lidar com uma morte próxima, a própria.
Como escolher vivê-la sozinho, partilhando-a apenas com alguém na mesma situação,
uma espécie de orgulho dos quase-mortos.
O tempo que resta pode ser ocupado de formas diferentes.
Há sempre um tempo que resta, para todos.
Alberto HernandoCunnus. Repressão e Insubmissões do Sexo Feminino2ª ed., 1999Lisboa, Edições Antígona(tradução de Cristina Rodriguez e Artur Guerra)

A cona, a partir do paradigma masculino, é um espaço paradoxal; alheado como parte física do corpo feminino, desencadeia inúmeras fantasmagorias sexuais, exaltações desejos; presta-se-lhe homenagem ao convertê-la num objecto artístico ou mitificando-a; apalpa-se, lambe-se e cheira-se como requinte lúbrico; é temida e venerada... E também é denegrida, provocando proibições, nojos, vergonhas; é ocultada, atribuindo-se-lhe a origem de infinitas desgraças; é desacreditada, escarnecida e difamada; é vista como coisa depravada, impura e maléfica. As duas antinomias não constituem critérios separados. Podem coincidir – ou confundir-se – ao mesmo tempo. A sua lógica é arbitrária e reversível. (...)Essas duas lógicas - atracção versus repulsa – fundam cultura e sociedade. Cultura enquanto os mitos, a literatura e a arte se ocupam da cona. Sociedade, ao suscitar leis, costumes, superstições, investigações médicas ou especulações psicológicas.
(...)
O deus ex maquina que provoca a violência e a perseguição contra a cona é o medo masculino que nasce do conhecimento da precariedade do seu próprio sexo face ao feminino. Medo atenuado traduzido em misoginias, medo exacerbado traduzido em machismos recalcitrantes. Medos inseparáveis do fascínio que ao mesmo tempo a cona suscita.Esta ambivalência - repulsão/atracção - em relação ao sexo da mulher virtualiza-se na escrita através de subtis, grosseiros e incisivos poemas; bem como nos relatos onde se descrevem as diferentes espécies de erotismo. Dado que entre escrita e sociedade existe um vínculo causal e interactivo, não se deve esquecer que a ordem social impõe os seus códigos ao dizer: prescrevendo e proscrevendo; moralizando (em masculino) os valores e o sentido da linguagem. Os imaginários sociais sobre a mulher ganham assim corpo numa escrita condicionada. Certamente que a maior parte das conas - falando a partir da metonímia masculina que a assimila à mulher toda - vivem na anuência do seu domínio: submissas conas de débito maternal e conjugal; aborrecidas e murchas conas virginais; sacrificadas conas constrangidas a uma moral beata e conas mercenárias (prostituídas) de simples valor de uso. Mas um sector, cada vez mais amplo, de conas opta por diversas formas de insubmissão: conas conversas (femininos moderados que querem ser iguais - em direito e atitude - aos homens), conas perversas (feminismo fálico que quer impor-se aos homens) conas subversivas (feminismo utópico ou ácrata que quer anular a barreira dos géneros) e conas reversivas (malditismo feminino que faz girar essa barreira até que explode).Os três primeiros casos são insubmissões que jogam com o desejo - para se valorizarem, impor ou particularizar - no interior de regras de jogo masculinas (ordem produtiva). O último caso (conas fatais) não se apoia em nenhuma declaração de princípios, impõe (seduz) a sua sexualidade como um desafio: demonstra o macho que és; vence-me sexualmente! Perante essa aposta o homem - de orgasmo limitado - nada pode fazer. Só as conas sedutoras escapam plenamente às ciladas de ordem sexista masculina. Mas que ninguém se iluda ou se engane: toda a insubmissão se caracteriza pela sua pontualidade, pela sua interinidade, pela impossibilidade de alcançar um estatuto permanente, porque a ordem masculina pode recuperar - enquanto não mudarem substancialmente as coisas - o seu domínio por outras vertentes não sexuais. No entanto, e apesar de tudo, o importante é a liberdade saborosa alcançada durante a insubmissão e não o posterior caminho do fim da fuga.
"La vida no es la que uno vivió, sino la que uno recuerda y cómo la recuerda para contarla"

"Vivir para contarla", Gabriel García Márquez, Random House
“O Resto da Minha Alegria”, Valter Hugo Mãe, Cadernos do Campo Alegre, 1ª edição, 2003

um

façam-no feliz e não
o culpem de nada, digam-lhe
a verdade, que esta
dura morte é ainda o
resto da minha alegria

peçam-lhe que venha tão
depressa, digam-lhe que
não durmo e que estarei
no telhado entristecida a
desbotar ao sol
incomodando os pássaros
cada vez menos

a remoção das almas

depois deus
vai inclinar-se sobre
mim como às labaredas
de uma fogueira

e vai devorar-me
antes de as flores
me façam cheirar bem

até lá,
fica comigo,
surtidos pelos lugares
enquanto o céu senta
o cu nas nossas cabeças.
Nós estamos destinados a viver uma vida de amor. Quando não estamos apaixonados é porque algo de errado se passa. Infelizmente, muitos de nós resignamo-nos perante a desilusão, a perda e a desordem nas relações. Ainda que possamos ser muito bem-sucedidos em outras áreas da vida, a maioria de nós não sente que o mesmo grau de sucesso no amor seja um direito natural seu. "Ser realista no que toca aos relacionamentos" é a atitude que se considera natural à medida que "crescemos" e deixamos de alimentar fantasias, tolices, sonhos de infância. Mas nada poderia estar mais longe do que é natural. (....) Não nos apercebemos de que quando não estamos apaixonados algo não está bem.
.
Estar apaixonado é a coisa mais madura e realista que se pode fazer. Traz energia às nossas vidas, preenche-nos com uma disposição positiva, desperta a generosidade e torna cada momento pleno de beleza. Estar apaixonado dissipa de forma imediata a sensação de falta de propósito e de desconecção com que muitos se confrontam. O corpo é sarado, o coração fica feliz.
.
Estar apaixonado é o nosso estado natural.
.
(...)
.
SHOSHANNA, Brenda, Zen e a Arte de Amar, Editorial Presença, Lisboa, 2006.
E agora o importante é a viagem! Já comecei! Mas polaco... hum... não é fãcil!
Acho que me fico pelo complemento de inglês! :)
Ah, só depois da Biologia
Aquela raiva desapareceu... Deu lugar á ansiedade apaziguada, á calma que me acompanhou por tanto tempo, ao medo e ao desejo insustentado do que aí vem...
O segredo... Porto de Mós! A forma como acolheu os nossos surfistas do BTT...! A forma como me acolheram... A simpatia e a sede de descoberta dos montes íngremes... de mim.
Ainda consigo fascinar-me com a rapidez com que mudo o pano de fundo da minha realidade...
E o pior, ainda consigo admirar-me com a rapidez com que a vida nos tira a vida...
E quase fiquei sem chão...
Duas semanas de perdas irreparáveis e irreversíveis.
Duas semanas de reencontros com a verdade.
Duas semanas de tudos, duas semanas de nadas... de choros, de sorrisos, de abraços, de afectos puros, de sentimentos tão sentidos...
E encontrei-me... Já era altura. Chega de egoísmos. Mas confesso que agora só preciso de me fazer, acabar com o meu inverno.
A senhora disse que ando sempre ao colo de Deus, que só tenho de acreditar, porque "Amar é a eterna inocência e a única inocência é não pensar."
E ver... que se veja com o coração. "Um dia serei pó, mas pó enamorado"

terça-feira, 26 de junho de 2007

Já te disse que não és deste anuncio!!!
(traduz "anuncio" para vida... e tens a resposta. Percebes!)

Porque enquanto falávamos dei-me conta do significado de nós e de tudo.
E se é assim que confio em vós, é assim que vos AMO...
Porque o amor é para a vida...
E o que são para mim, é exactamente isso, a vida! Porque só se vive quando se sabe sorrir ou quando sorrimos juntos!
O longe faz-se perto... Não tarda acaba a época de hibernação e ainda vamos a tempo de aproveitar o quentinho! :))

AMO-vos amigos de e para sempre

terça-feira, 19 de junho de 2007

QUERO QUE AS LÁGRIMAS SAIBAM ESCREVER










...

Depois escrevo eu.

E vou ensinar-me abraçar-me para não esperar pelo dar...
De ninguém.

quarta-feira, 6 de junho de 2007

cada um descobre o seu anjo... estando com o demónio!
:))

sexta-feira, 1 de junho de 2007

Hoje estou um assim de quases como o tempo...
Esta doçura inconstante que sabe a mel com um travo a limão faz-me preceder a essência á existência.
"Porque metade de mim é o que eu grito e a outra metade é silêncio."
Porque metade de mim sou eu, mas a outra metade não.
Porque ás vezes metade é mentira e a outra metade dá a mão á cobardia.
Porque metade do que quero se perdeu e a outra metade não conheço.
E então onde está a essência? Deixou de existir?
???????????????????

Aquelas (quase) giras do Allo Allo!

- Sou uma pessoa fantástica, sou das melhores pessoas que conheço. Bruno
- Fiquei paixonado por ela. Acho que se a vir hoje já não sei quem é. Serginho
- Encontrei isto a pensar em ti. Pisco
- Não curto nada fumar charros antes de acordar. Pisca
- Nem tudo acontece ao mesmo tempo porque senão o mundo acabava. Pisco
- A vida são 3 dias, não é uma vida inteira! Trop
- Dói-me o calcanhar do pé. Irmãos Catita
- Comprimidos para a cabeça? Então tens de os engolir para cima. Pisco
- Um fino quase meio de cerveja. Pisco
- Só vou a casa para comer e jantar. Moita
- Plural de rés-do-chão: 1º andar. Pisco
- Este bar encerra á hora que fechar. Pisco


... O Pisco lidera com um 6___12 invejável! Aguardam-se novas entradas!

quarta-feira, 23 de maio de 2007

agora que o verão está a chegar vou hibernar

terça-feira, 15 de maio de 2007

E afinal, o que é uma sarapitola?!!

"... Na verdade, as vezes o homem ou a mulher que amamos não é suficiente para nos devolver a auto-estima desejada. Se temos tudo no lugar, receamos ser largadas por um Q.I. mais desenvolvido. Se somos anafadas, aceitamos passar fome para nos aproximarmos da imagem da modelo que ele tem no computador. Os homens são tão gulosos em relação à beleza das outras mulheres que ás vezes nos passa pela cabeça que durante o tempo que estão no escritório possam bater uma sarapitola..." E afinal, o que é uma sarapitola?!! "... a pensar na beldade que nunca vão ter. E se fizermos um corte parecido com o da outra, talvez ele repare?!"

Esta tal de Cidália denunciou-nos!
(...)olarilolela(...) Sarapitolas olé!!!

sexta-feira, 11 de maio de 2007

São 7h da manhã... acabei de chegar a casa... apetece-me dizer que estou muito bebeda, mas não estou... apetece-me dizer que estou muito mal, mas não estou... apetece-me dizer que esta puta de vida não me vai levar a lado nenhum, mas não digo... apetece-me ficar aqui,mas não fico. Daqui a pouco tempo já tenho de voltar a encarar a minha realidade. Mas não quero.
Oh assim não vale...
Tenho de ir... Tenho de chegar bem a Santa Comba... Tenho de ir com um sorriso daqueles meus bem convincentes. Vá, mais um esforço e consegues... Poxa, não está fácil.
Ressaca fdd.
Dói-me o piercing.
Vou ao banho para acordar.
Estava a ser séria, tenho de estar bem para ser profissional!
Adeus Porto, até.

Palavras/Frases do Norte:

- A vida são dois dias e o carnaval de Ovar são cinco!
- Trenga: diminutivo carinhoso para despistada (???)... pode lá isso ser!
- Cravelho: laço
- Vou-me inscrever no ginásio para nudistas no Miramar!
- Inocentão: inocente elevado a infinito, ou seja, paspalho!
- O verniz transparente excita-me!
- Ninguém morre virgem porque a vida fode-nos a todos!

quinta-feira, 10 de maio de 2007

A INVICTA chamou-me!!!

O mar é o céu... O céu é o mar...
"Uma interessante interdepência ocorre entre a testosterona e as células de Sertoli. A testosterona estimula a síntese de proteínas e fluidos nas células de Sertoli; estas por sua vez, segregam uma proteína que mantém os níveis elevados nos túbulos seminíferos."
Até o horizonte se tornou difuso, como se quisesse contrariar o meu espírito. Não me admiro, se até eu me contrario...
É agora... chegaram. Mas, estas diferente! Estou?! É a franja! Não, estas mesmo diferente! Pois estou, mas não lhes disse. Sim Dani, sim Hugo, sim Carol, estou diferente. Um ano de nadas. Logo é para sair. Ou talvez amanhã. Ou hoje e amanhã. Hoje Ribeira, amanhã Matosinhos. Ok, pode ser! Falta-me espirito. Oh Sara fdx estas no Norte carago! Vamos buber até S. Bento!
E um ano depois continuam os mesmos. Eu tiro as fotos outra vez! Trenga!!!
De volta...
"A inibina é uma hormona segregada pelos testiculos ao nível das células de Sertoli. Também apresenta um efeito de retroalimentação negativa, ao nível da produção de FSH."
"O pénis e o clitóris derivam embriologicamente do mesmo tecido."
"O tabaco diminui o número de espermatozóides, originando formas anormais com dificuldades de locomoção, diminuindo desse modo a fertilidade masculina."
E há espermatozóides com duas cabeças... Terror...
Hoje é calminho, amanhã estou para ver se me acompanhas. E eu estou para ver se me consegues acompanhar!
Quando o pobo se ajunta é para buber!!! Uuuuiiiiii!!!! E biba o Porto!

terça-feira, 8 de maio de 2007

Passou a época da minha saudade, da que me ensinou a senti-la da forma intensa que não queria para mim...
Agora só a posso ver daqui. Até Setembro. Serviu para uma coisa: não sou de TBU, estou no PM, por isso agora sou da bem falada terra. Já que mesmo conhecida por quem e pelo que julgo meu, tenho de ser reconhecida por uma localidade, que seja a minha. E que pelo menos aí haja verdade.
Em tempo de perplexidade, a arrogância não é boa companheira e a minha infinita busca continua enquanto a tormenta não acaba.
Os fantasmas estão cá. E o medo que eles não sejam ilusão também.
Mas o terror faz parte da excitação.
E quero-me EU com tudo o que preciso.
Senão... Acaba.

quarta-feira, 2 de maio de 2007

Saiba morrer o que não soube viver

Bocage

Guardo o momento

"Habito-te
Debaixo da minha pele
Nela te encontro
Porque e nela que estas... ainda...

Estas no perfume doce
Das minha palpebras
A cada vez que as descerro
E te encontro.

Guardo as tuas maos nas minhas
Na forca crispada da comunhao
E guardo em mim o momento
Em que fomos grito... Eu mar... Tu vulcao... "


terça-feira, 24 de abril de 2007

Um minuto de silêncio:

Coragem de nos conhecermos a nós próprios
O silêncio tem um som muito próprio
O silêncio é o mais sumptuoso, porque mais raro, de todos os luxos
Há uma psicose que consiste em associar silêncio a a tristeza e barulho a alegria Procuro o silêncio em igrejas
Preciso dele para viver
Cantar: arte de fazer silêncio
Foi no teu silêncio que descobri o amor
Silêncio obsessivo é a mais perfeita forma de música
Silêncio de ti
Silêncio do som que não existe
De tudo o que o silêncio pode ser, a indiferença é a causa de maior dor
Ás vezes dou comigo a sentir a falta que me fazes, mas é mesmo do teu silêncio que me lembro quando sinto a tua ausência
O silêncio é uma pedra fértil
No meu silêncio sonho-te
O movimento imóvel equivale á eloquência do silêncio

Um minuto de silêncio

segunda-feira, 16 de abril de 2007

«Dum português bendito,sem igual,
Eu sigo o mesmo trilho:
"Por cada pedra deste Portugal
Eu arriscava um filho!"

A Pátria rouba os filhos,mas é Mãe,
A Mãe de todos nós.
Direito de a trair,não tem ninguém
Ó Mães,nem sequer vós! »

(Florbela Espanca)


E mesmo assim, Salazar continua...
Continuemos nós.
A ressurreição é para os que não estão cá.
"Depois de algum tempo, tu aprendes a diferenca subtil, entre dar a mao e acorrentar a alma. Aprendes que amar nao significa apoiares-te e que companhia nem sempre significa seguranca. Comecas a aprender que beijos nao sao contactos e presentes nao sao promessas. Comecas a aceitar as tuas derrotas de cabeca erguida e os olhos em frente, com a graca de um adulto e nao com a tristeza de uma crianca. Aprendes a construir todas as tuas estradas no hoje, porque o terreno do amanha e incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair incompleto no chao. Aprendes que nao importa o quanto tu te importas. Algumas pessoas simplesmente nao se importam. Aceitas que nao importa o quanto seja boa uma pessoa. Ela vai ferir-te de vez em quando e precisas perdoa-la por isso. Aprendes que falar pode aliviar dores emocionais. Descobres que se passam anos para construir confianca e apenas segundos para a destruir.
Podes fazer coisas num instante das quais te arrependeras para o resto da vida.
Aprendes que verdadeiras amizades continuam a crescer, mesmo a longas distancias.
O que importa nao e o que tu tens na vida, mas quem tu tens na vida. Os bons amigos sao a familia que nos permitiram escolher.
Aprendes que nao temos que mudar de amigos, se compreendermos que os amigos mudam. Percebes que tu e o teu melhor amigo podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos. Descobres que as pessoas com quem te importas na vida te sao retiradas muito depressa. Por isso, sempre deves deixar as pessoas que amas com doces palavras, pois podera ser a ultima vez que as ves.
Aprendes que ser flexivel nao significa ser fraco ou nao ter personalidade, pois nao importa o quanto e delicada e fragil uma situacao, porque existem sempre dois lados. Aprendes que maturidade tem mais que ver com os tipos de experiencia que tiveste e o que aprendeste com eles, do que com quantos aniversarios celebraste. Aprendes que quando estas com raiva, tens o direito de estares com raiva, mas isso nao te da o direito de ser cruel. Descobres que so porque alguem nao te ama da forma que tu queres que te ame, nao significa que esse alguem nao te ame com a forca que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente nao sabem demonstrar ou viver isso. Aprendes que nem sempre e suficiente ser perdoado por alguem. Algumas vezes tens de aprender a perdoar-te a ti mesmo. Aprendes que com a mesma severidade com que julgas, seras, a todo o momento, condenado. Aprendes que nao importa em quantos pedacos o teu coracao foi partido. O mundo nao para para que tu o consertes. Aprendes que o tempo nao e algo que se possa voltar para tras.
Portanto, planta o teu jardim e decora a tua alma, em vez de esperares que alguem te traga flores. E aprendes que realmente podes suportar; que realmente es forte e podes ir muito longe, depois de teres pensado que ja nao podias mais. E que realmente a vida tem valor e que tu tens valor perante a vida!"

Shakespeare

segunda-feira, 2 de abril de 2007

Verdade dissimulada
Assim, de mansinho, ficou desmedida
E a verdade passou a mentira
E a mentira a realidade.
E o caminho que nos queria
Já não é caminho
É um beco escuro
Que obstruimos com ilusões
Sonhos irrisórios
Palavras inverosímeis:
Mentiras.
As tuas descaradas
As minhas escondidas pela falsa ingenuidade.
Só me fizeram só.
Sem chão, sem céu, sem mim...
As palavras foram
- oh quantas vezes-
E o silêncio abafava-
-Me e -Te.
Até o olhar,
Conversador,
Depois ténue e vago,
Perdido no que é imenso,
Se tornou difuso e mudo,
Abafado pelo silêncio que consumiu...
E as mãos que acarinharam
E a boca que saciou
E o peito que acolheu
Ora calmo, ora ofegante
E o toque impetuoso sem pressas e apressado
E as frases atropeladas pelo murmúrio de um desejo entregue a nós
E o olhar que enterneceu com promessas de uma vida
E as noites abraçadas ao prazer
E a (in)felicidade que supresticiámos...
Não passam de pretéritos
(Im)perfeitos
Tão saudosistas...
Capazes de me arrancar o presente
Capazes de me sufocar
Capazes de me prender em mim.
Porque já nada pode entender
Todo o vasto que eu não sei contar.
E seria simples se eu deixasse,
Mas não deixo.
O existir passa pelo complexo...
Pelo complexo que um não verbo faz passar...
Amor.

quarta-feira, 28 de março de 2007

"O Homem nunca pode parar de sonhar.
O sonho é o alimento da alma."
Paulo Coelho
E por isso há almas subnutridas...
Almas que não se alimentam... porque não querem... porque não acreditam... porque não se sabem encontrar... porque a consciência não as deixa vislumbrar a beleza do inconsciente...
E não as deixam ir para lá do momento.
Vamos Sonhar!

quinta-feira, 22 de março de 2007

SINTO QUE A MINHA SOMBRA SE APODEROU DE MIM.
e está a crescer, impressionantemente. oh como ela cresce.
no silêncio também se fala. e as palavras sentem-se, não se ouvem. tocam-se num uníssuno perfeito. perfeição que nasce através da cura do silêncio. sim, porque o silêncio é a doença. e a cura... a cura sou eu, a doente.

quarta-feira, 21 de março de 2007

Nem tanto!
O desepero do nada ainda não me toca... Mas há momentos em que me perco, em que tudo se mistura, em que a confusão passa a um eufemismo da realidade...
E é incrível o desenrolar. APAIXONANTE!!!
"Não sei se a partir de certa altura as pessoas deixam de esperar seja o que for. Eu deixei. Esperar o quê?"
António Lobo Antunes

...Hoje NÃO...

o aperto no peito que me consome a vida que não vivi... a dor de um sufocar cada vez mais devastador... as lágrimas que quase sairam, mas que não saem... o não saber perder e o não saber ganhar... o não querer finais e estar constantemente a assisti-los como mera espectadora, ou pior, como participante de algo que não quero para mim.
olhar um passado tão presente faz-me apaticamente imóvel, mesmo querendo-me ágil e inovadora.
fechar os olhos não ajuda, acho que até piora. porque é que a vulnerabilidade me é tão próxima??? porquê tantos pontos de interrogação a invadir o lugar das ideias que julgava fixas???
gostava de conseguir pôr nestas palavras absurdas, sem sentido, o que me vai na alma, no coração quase acelerado pelo medo do que foi, pelo medo do que é, pelo medo do que será...
mas hoje nem escrever ajuda... quem me dera estar fora de mim. olhar-me á distância da eternidade. e ter saudades minhas (ás vezes tenho!)...
e desejos... loucos e imensos, á sombra de um prazer desmaselado, construídos na inconsciência onde (nem eu) devo chegar.

terça-feira, 20 de março de 2007

Acordei com uma vontade imensa de recordar.
Hoje estou especialmente saudosista! Mas com um sorriso que me enche a expressão.
Foi tudo tão bom! É tão bom recordar as irresponsabilidades permitidas pelos 16 anos! As gargalhadas hilariantes que me faziam chorar e contagiar o maior dos deprimidos, os almoços intermináveis na cantina, as mentirar obscenas que as profs de matemática e ctv engoliam em seco, os testes feitos no corredor, as portas arrancadas nas aulas de química, as discussões acesas na A.E., o querer estar em tudo sempre bem, andar ao colo do meu mano de outros pais, chatear-me com ele por me pôr no caixote do lixo constantemente, descobrir a minha melhor amiga, descobrir a dor da perda, as alucinações acompanhadas de boa disposição, as distraxões acompanhadas de um grande toque de despropósito, as fugas nocturnas..! E as fotos... Mal me conheço. Parece que foi há eternidades.

segunda-feira, 19 de março de 2007

Fim ou Re-início??

Perceber que a teu lado, daquela forma distante e fria, serei permanentemente infeliz, indisposta a tudo o que me criaria disposição para viver e sorrir com credibilidade, faz-me assumir com facilidade o fim do que pouco senti começar. Mas o que fazer ao outro lado que insiste com teimosia querer aprender-te? Não estou bem, também não estou mal. Já sei sorrir sem verdade (nunca pensei) e já sei esconder a sombra que escurece o brilho de um olhar quase lívido, que antes transparecia a incandescência de uma gota de água trespassada pela luz matinal.
E deixar morrer o que me é essência, como a preocupação de ter bem, fez-me esmurecer irremediavelmentee cair no fosso de um abismo intransponível. Porque só me sei dar a quem me dá. E tu nunca te deste. E eu nunca me dei.
Falta a empatia de um simples gesto, falta a empatia do toque, falta a empatia das palavras. Falta o á vontade da entrega, falta a cumplicidade que roubaste no momento em que te desconheci pela primeira vez.
E o que nasceu de uma paixão descreditada passou a um estranho amor inconcebível.
Não me quero enganar como te enganas, não me quero diferente. E como tu não és, eu sou susceptível a mudança. Quero ser eu, quero-me procurar, quero voltar a mim e assumir a insaniedade que me é natural.
Tenho um caminho descolorado pela ilusão, pela utopia que quero fazer real, mas que não é e que nunca será.
Enquanto não te encontrares, enquanto não me encontrares, a felicidade de que falas será apenas irrisória, constrangedora, apoiada pelo fingimento alucinado da noite (estarei a ser egocêntrica?).
E a mentira permanece. Porque afinal quero-te perto e quero-te longe, quero-te comigo e quero-te sem mim, quero perceber-te, mas tenho medo de te entender. Irrito-me assim, não sou eu.
Descobri-me fraca e sensível, descobri-me forte e insensível. Descobri que me faço, que me reconstruo mesmo sem querer. E que uso de uma complexidade maior do que a que me julgava capaz. Mas a simplicidade fascina-me e o interesse que lhe tenho é desmedido.
E o desejo único de me ter passa pelo único de te ter e a explicação é simples: quero-NOS UM (sinceridade que me destrói, que me é primordial como o propósito de sofrer) porque não acredito na efemeridade que a sociedade transpõe no AMOR.

O começo

Não queria começar mal, mas também não tenho por que começar bem.
Só me meti nisto porque uma amiga me disse que deveria expor o que escrevo, mesmo k anonimamente, para transpôr tudo o que irremediavelmente não me sai, mas que teima em me sufocar mais e mais, enquanto o tempo passa.
E é isso que vou fazer, porque mo disseste e por que o quero.
E agora sou assim, faço me pelo que quero, só por mim.
Mas sem egoísmos, nem excentricidades desnecessárias, continuo a dar-me a quem me dá.